terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ultimamente, e isso tem se tornado corriqueiro, vem me acontecendo certos lampejos de confundir presente com passado. e vice-versa. Houve um tempo, um pouco distante, que o passado era presente e até futuro, digo era porque agora não é mais, ao que me parece. ou é e eu ainda nem sei. Há essa possibilidade. Há infinitas possibilidades, inclusive há a possibilidade não haver possibilidade alguma. E esse quiproquó sempre me faz pensar qual seria o motivo, se é que existe algum motivo. A verdade é que quero acreditar que exista um porquê pra tudo isso que aconteceu e acontece amiúde comigo. E sou tão eloquente em minha oratória mental que chego a me seduzir e me deixo inebriar novamente por essa quimera. Lendo o que eu digo chego a conclusão seguinte: eu sou refém do que vivi e não consigo viver novamente. embora me sinta feliz nesse cárcere. Essa coisa que perdura por muito tempo é assaz complicado de findar em pouco tempo. Não, não é pouco tempo. Talvez eu nem queira dar cabo disso de verdade. Talvez eu só queira andar e ver pra onde minhas pernas me levam. Tenho andado em círculos. E tenho feito isso por minha vontade própria. É isso que me impressiona, sei o que acontece, sei quem me motiva isso e, mesmo assim, eu quero. E quero sempre. E venho querendo por algumas vezes, porém, sempre. Esse negócio de misturar tempo é complicado. E me complica.

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