segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sob o peso do edredom.

sob o peso do edredom
havia mistura de corpo e tom
era por debaixo de todo pudor
que o sexo pungia com dor

e todo êxtase do prazer
evidenciava-se nessa transa louca
a carne já se fazia pouca
enquanto o riso queria dizer

e dizia que naquela noite quente
sob aquele fogo ardente
havia muito mais que poesia
em busca de uma noite fria.

havia amor carnal
que se encontrava com um gemido
sempre dito ao pé do ouvido
que não existe carne formal

e que a carne enquanto lasciva
sabia se mostrar viva
e tudo se misturava em uma sensação
caminhava-se junto até a paixão

em meio a todos aqueles gritos eloquentes
havia sempre um desejo permanente
de no outro dia haver carinho
enquanto o parceiro sempre se via sozinho.

e depois de se chegar junto ao orgasmo
mostrou-se aflito o pasmo
entre a mistura de corpo e tom
sob o peso do edredom.

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