terça-feira, 25 de maio de 2010

Tenho visto ultimamente que aprender a definir um objeto é uma tarefa bastante árdua.
Pensa-se que definir alguma coisa é só dizer o que ela é, é isso, mas não é só isso.
Definir é dizer o que uma coisa é e não pode deixar de ser, ou seja, é dizer o que ela é enquanto essência.
Definir é dizer a essência de um objeto, essa seria uma definição que eu aceitaria para o termo "definir".Exposta a dificuldade de dar uma definição por completo, eu venho tentando, ultimamente, definir o que é poesia e já encontrei um caminho, porém, sendo uma atividade eu não gostaria de me valer dela. Eu venho tentando me definir enquanto homem, mas o homem parece não ser passível de definição. Decerto que eu penso assim porque eu sou homem, talvez, se eu não o fosse conseguiria dar uma definição de homem? não, impossível. Posto que o homem é o único ser que pensa e reflete sobre o seu pensamento. O homem é razão e paixão misturadas.
Eu, homem, sou isso. Razão e paixão. É complicado de se imaginar como dois pares de opostos poderiam se harmonizar. Mas é assim que acontece mesmo. Nós não conseguimos ver desse jeito pelo fato de termos sido condicionados desde os primórdios a acreditar que não equilíbrio algum oposição, ao contrário, posto que são opostos, um não coexiste com o outro. Ou um ou outro. Sempre se excluem, quando, na verdade, a oposição existe e só existe o amor porque eu conheço o ódio, por exemplo.

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